domingo, 11 de julho de 2010

Luiz Penna


Eu sou Luiz Penna, mineiro, 46 anos, tenho um trabalho sério na área do jornalismo de desenvolvimento social. Já escrevi mais de 500 reportagens pela periféria nas regiões da Zona da Mata e Vertentes. Como escritor e videomaker [fui selecionado com o meu trabalho "Movimento Terrestre", para participar da Eco-92 - o único mineiro na época]. No rádio produzi programas relacionados com temas culturais e ambientais. Já entrevistei Frei Beto, Lula, Aécio Neves, Moacir Scliar, Eduardo Bueno, João Bosco, Ziraldo, Adélia Prado e mais de 1.000 pessoas que tem alguma coisa a dizer sobre o que pensam sobre esse imenso e vasto mundo. Sou candidato a deputado federal pelo PV e me orgulho de estar ao lado de Marina Silva nesta grande jornada. Tenho uma biografia construída com transparência.

O endereço do meu blog de texto é
https://luizpenna43.wordpress.com/

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sou candidato a deputado Federal pelo PV




Porque você é candidato a deputado federal?

Há poucos dias a americana Elinor Ostrom, que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2009, disse que a base de uma nova transformação econômica virá de associações construídas através da coletividade, sem isso estaremos fadados ao fracasso. Essa virada de página, de uma visão tradicionalista para uma voltada aos benefícios da troca, se faz notar no dia-a-dia. Afinal de contas, vivemos em uma nova era do aprendizado humano, que é o princípio cooperativo. Talvez seja este o momento de valorizarmos projetos relacionados com a arte sustentável, através de uma economia estruturada pelo talento do seu povo, para conquistarmos de fato a nossa cidadania.

Por isso me lanço a candidato a deputado federal pelo PV. Quero atuar em áreas relacionadas com o conceito de desenvolvimento sustentável, que possam abrir novas modalidades no crescimento coletivo.

Seu envolvimento com as questões ambientais começou quando?

O meu interesse pela questão ambiental começou na década de 80, século 20, quando trabalhava na rádio Castelo Branco FM, em Divinópolis, onde tive o privilégio de ter como professor o jornalista Flávio Flora, hoje um dos maiores nomes da intelectualidade mineira, que conhece o tema ambiental com profundidade.

Durante um período atuando no rádio em vários municípios mineiros, fiz alguns programas independentes. Um deles se chamava ZOOM, que veiculou na rádio Sucesso FM no início da década de 90, que apresentava temas do cotidiano: amor, preconceito, corrupção, loucura, meio ambiente e vários assuntos. A poeta Adélia Prado, o chargista Ziraldo, o cantor João Bosco e mais de mil pessoas, foram os entrevistados do ZOOM.

Dessa experiência, apoiada pelo diretor da rádio Sucesso José Rubens, eu produzi alguns documentários: “Que país é este?”, 1990; “Movimento Terrestre”, 1991; “Lugar Nenhum”, 1992; e a história do artista plástico italiano Benine, 1993. Todos esses trabalhos tiveram uma ótima recepção por parte do público. O que teve mais destaque foi o documentário “Movimento Terrestre”[ele foi visto na França, Bruxelas e Canadá], selecionado para representar Minas Gerais na Eco-92, no Rio de Janeiro, entre os mais de cem títulos vindos de várias partes da França e do Brasil.

Rodado e montado inteiramente usando imagens das ruas de Barbacena e das belas paisagens da Serra de Ibitipoca, “Movimento Terrestre” foge das tendências mais voltadas para o cientificismo que predomina nas produções francesas, mas consegue expor com muita clareza quais são os principais problemas ambientais que o homem terá que enfrentar. O corpo de jurados foi composto por Nelson Pereira dos Santos, Ana Magalhães, Grande Otelo, jornalistas e cineastas franceses.

Suas idéias são pontuadas exatamente em quais questões?

Solidariedade com os grupos mais desfavorecidos da sociedade; novas abordagens que possam considerar metas de auto-realização social e coletiva por cima do crescimento econômico e de consumo; participação social, com a meta de elevar a capacidade da população para uma gestão mais responsável e crítica sobre o meio ambiente; auto gestão que amplie a participação popular em programas que gerem crescimento do capital humano; e, sobretudo, a criação de novas dinâmicas regionais que capacite adolescentes e jovens a compreenderem um novo modelo de economia solidária. Vejo que essas questões no atual contexto, são imprescindíveis no avanço da democracia participativa.

Que história é essa de democracia participativa?

Esse é um tema muito importante para se definir uma sociedade cooperativa. Assim como a democracia participativa, precisamos dar ampla ênfase aos conceitos de democracia direta, democracia nas comunidades, reforma política e redefinição democrática. E vejo que isso tudo tem haver com o projeto político do Partido Verde, que agora tem como candidata a presidente da República, Marina Silva.

Me fale sobre sua história no jornalismo impresso

No jornalismo impresso atuo há 25 anos. Mas como cronista e ensaísta, comecei no jornal Cidade de Barbacena, dirigido por Marcelo Gonçalves, tendo Edson Brandão como Chargistas e Sérgio Ayres como redator. Depois disso passei por várias áreas como repórter, fotógrafo, diagramador, redator chefe e editor por alguns jornais da região (Folha de Lagoa Dourada; Folha de Santos Dumont; Folha de Rio Preto; Folha de São Vicente de Minas; Folha de Lima Duarte).

Em 1998 assumi o cargo de editor chefe do jornal Correio da Serra em Barbacena até o final de 2002; em 2003, fui para Juiz de Fora para dirigir o jornal Correio Mineiro (que circulou durante três anos nas regiões da Zona da Mata e Vertentes); em 2006, recebi o convite para assumir a secretaria de comunicação da prefeitura de Barbacena; em 2007, comandei o jornal Correio do Paraibuna, em Juiz de Fora; em 2009, fui convidado para dirigir novamente o jornal Correio da Serra, em Barbacena.

Parece que agora, que o planeta começou a se manifestar com fúria, muita gente está aderindo ao tema verde. Mas tudo isso não pode ser transformar em simples modismo?

O momento exige que tenhamos uma postura mais inteligente, voltada ao conceito de sustentabilidade econômica, que possa abrir novas modalidades de desenvolvimento; se não for assim, poucas pessoas sobreviverão à fúria da natureza. Uma parte das respostas, sem dúvida, vai depender dos resultados das eleições desse ano. E uma das pessoas mais preparadas para enfrentar esta questão no Brasil é Marina Silva, candidata a presidente da República pelo PV. Ela poderá ser o canal de comunicação para mobilizar uma nova discussão na América Latina. Os outros candidatos são precários nestas abordagens. São representantes de uma estrutura política com teores do neoliberalismo. Precismos de uma visão real dos problemas, com um olhar mais sério sobre a função do bioma em nossas vidas. Isso só poderá ocorrer com uma ampla articulação da sociedade, nas suas múltiplas atividades profissionais. O planeta começa a se defender dos abusos provocados pelo homem. E as suas consequências já são sentidas no dia-a-dia. Temas como mudanças climáticas e aquecimento global precisam ser discutidos com interesse coletivo. Se não houver o comprometimento da sociedade, em todas as suas instâncias, vivenciaremos situações mais calamitosas.

Você acredita que há maturidade do povo brasileiro para compreender essas abordagens?

Ao que parece os objetivos do homem comum, agrupados em conceitos culturais e políticos, sempre estiveram voltados aos interesses materiais, cinicamente apresentados por muitos [como jargão] de crescimento social. Esse é um dos pontos apresentados por Thomas Nagel, professor de filosofia do direito na Universidade de Nova Iorque: “o homem vive na ilusão de se contentar com um aparente poder, inútil dentro do ciclo das demandas do mundo contemporâneo, para molestar e destruir o que está em sua volta”.

Dar de ombros aos problemas ambientais alimenta a desqualificação do comprometimento ecológico. Se no passado era uma bandeira de um partido só, no presente a expressão ‘meio ambiente’ se transforma numa causa coletiva, que não tem dono. Sua ideologia deve ser pela busca de uma resposta: “teremos tempo para salvar o planeta?”

E a sua família o apoia nesta jornada?

É uma coisa engraçada, outro dia estive com os meus sobrinhos em Divinópolis e eles me colocaram contra a parede para saber os motivos que me levam a estar na política. Eu simplesmente disse: sou um eterno idealista! Todos riram com ternura. No final falaram que estarão comigo nesta trilha, para o que der e vier. Quem me conhece sabe. Todos esses anos fui uma pessoa ligada a vários movimentos sociais. Grande parte dos representantes populares da região da Zona da Mata e Vertentes, me conhecem. A minha postura sempre foi a de provocar, através da dialética, uma análise crítica das deficiências do Estado, do sistema, em nossas vidas. A minha mulher [´Fernanda Santarosa], que é a principal apoiadora do meu projeto, e por ser uma grande jornalista, me orienta com sabedoria para que eu possa traçar as minhas idéias com o pé no chão, voltado para os princípios do bem estar social.

Conto com o seu apoio

o meu número é 4304

domingo, 4 de julho de 2010

Pós-pandemia: um futuro de humanos/máquinas

  Francis Bacon.  Figura com carne O  início desta década de 20 está marcado pela complexidade da dissensão ontológica. Isto é bom ou ruim?...