sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Perda da racionalidade


 
Estamos nos aproximando de 2015. A sensação que eu tenho é que o mundo não passará por grandes transformações. Tudo estará focado, mais uma vez, em agendas conservadoras e excludentes. Não é novidade para ninguém que vivemos enclausurados em novas fórmulas autoritárias de domínio. Recuamos a invés de avançarmos.

No Brasil, por exemplo, o governo paga caro para adquirir o know-how bélico e estratégico de Israel. O país investe em pesquisa militar e na compra de modelos de segurança, mas não resolve o problema de saneamento básico e do meio ambiente. A perversidade econômica, com suas práticas liberais, estrangula qualquer mudança com viés humanista.

Sabe-se que os países, detentores do poder geopolítico, não fazem mais guerras convencionais. Isso não dá mais voto! O que está em jogo é a eficiência para eliminar os inimigos silenciosamente, ou seja, por vias tecnológicas e por estruturas prisionais sofisticadas construídas em áreas distantes do olhar da sociedade.

O maior problema de tudo isso é que todos mentem. A conivência existe em todos os planos da sociedade. Alastra-se como vírus, eliminando valores e identidades culturais. Apesar dos arranjos performáticos pensados pela mídia, para ganhar bônus em visibilidade, tudo está pulverizado em enredos virtuais. O real perde sua dinâmica em um mundo rarefeito.

Todos os discursos são baseados em linhas milimetricamente articulados para enganar o cidadão comum. Na esfera das decisões o que se vê na prática é uma engenharia montada para servir canibais mercantilistas, especuladores de uma ordem econômica destrutiva, com aval de países que comungam com os interesses dos Estados Unidos.

Uma engenharia colaborativa feita para governos ditos oficiais e paralelos. Assim assistimos, paralisados em nossas dimensões fechadas, a destruição do planeta. E os cientistas? Bem, esses continuam a comer na mão dos piratas do capital. A maioria das pesquisas é feitas, única e exclusivamente, a favor de um sistema de comando. Já o sistema dos seres vivos... Não parece ser uma prioridade racional.

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  Francis Bacon.  Figura com carne O  início desta década de 20 está marcado pela complexidade da dissensão ontológica. Isto é bom ou ruim?...