quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Uma história sem fim


Flash-back: O que Luiz inácio Lula da Silva e o seu fiel escudeiro sandumonense Luiz Dulci faziam em julho de 2005? Eles, de fato, estavam arquitetando projetos significativos para o Brasil?
Recentemente, em seu artigo "Voto Consciente", censurado pelo jornal Zero Hora, Olavo de Carvalho descreve, com precisão, o que os dois "mocinhos" faziam nesta ocasião.
Dulci e Lula, que são mestres para fazerem cara de paisagem, se reuniam com representantes do MIR no XXII Encontro do Foro de São Paulo, na Fundação Perseu Abramo, com uma conversa que passa longe de uma ampla coalizão democrática. Não estavam ali para articularem novas dinâmicas regionais. Pelo contrário.
Assim como o seu orientador intelectual, de falas machadianas, o ex-presidente se aproveitou das facilidades do dinheiro público, para se reunir com grupos políticos, cujas pretensões ideológicas estão distantes de uma sociedade comprometida com o estado de direito. Em outras palavras, eles se preocupavam em formalizar estratagemas geopolíticos autoritários.
E tem mais. O texto surpreende ao apresentar o lado B dessa história, pouco contada pela mídia convencional, ao lançar algumas questões umbertianas, como esta: "A realidade se transformou num reflexo de jogos semióticos sem sentido?".
Carvalho diz que o filho de Lula, Fábio Luís Lula da Silva, terá um excepcional controle cibernético no Brasil através do software “Narus Insight Discover Suite”, que tem capacidade para ler nossos e-mails, vasculhar nossas contas bancárias e ouvir nossas conversas no Skype. A fonte dessa brincadeirinha está nos EUA.
Você, por acaso, saberia me dizer quem foi o emissário diplomático (ministro de Lula naquele período) a realizar tal proeza junto a essa nova gangue planetária? A chamada gangue das telecomunicações, que já começar a colocar em prática novos projetos de empreendedorismo estatal, com apoio de figurões do mundo privado. Diga-se de passagem, invisíveis.
Essa minha conversa está quase idêntica a literatura dos heróis criados por Stan Lee. Outra pergunta, alguém poderia me passar os nomes dos conselheiros da super poderosa farmacêutica e química Bayer? Essa empresa patrocinou, com dinheiro, a campanha que ajudou a nomear Adolf Hitler chanceler.
Se tiverem os nomes deles me avise. Ficção? Você acha? Veja quem, no presente, está sentado em umas das cadeiras do conselho da concessionária de serviços de telecomunicações OI? Essa turma de acionistas, que vive escondida por aí, vai começar a fazer muito barulho no futuro.
Não é coisa pequena. É muito poder nesse assimétrico monopólio, de variados nomes e marcas (concentrados nas mãos de super executivos que orientam chefes de estados). Essas ações financeiras, não são derrotadas facilmente na ONU. Mas, seja lá o que for, há uma teia poderosa por trás disso que, acreditem, foi turbinada pelo pai de Fábio, que na época era presidente, e, sobretudo já começava a prever grandes tempestades pela frente. Para isso construiu um sistema de fuga, um contra ataque, uma guerrilha cibernética.
Logicamente essa guerra não terá heróis conectados com as estruturas mentais avançadas de Joseph Campbell. Será uma batalha sem significados legítimos, muito aquém de uma visão científica mais apurada.
Aposto que neste momento, no grande cassino de alegorias matrixianas, José Serra, Daniel Dantas, Verônica Serra e Verônica Dantas, estão com seus brinquedos tecnológicos, micro drones, ligados para saberem se essa engenhosidade funcionará mesmo; afinal, de contas, eles não querem ficar por fora desta "sofisticada" tecnologia, principalmente quando ela poderá ser gerenciada (definitivamente) por seus "algozes" capitalistas, mascarados de trotskistas, de maoistas, de stalinistas e de gramscianos.
Já Michel Temer, e os seus leais servidores, na outra fase da moeda, devem estar vagando por mundos primitivos. Eles são mais selvagens e com uma leitura macro bem definida. Diferente do PSDB, por exemplo, que ganha aparência Alckminista, com disposições para enveredar pelas trilhas de Mary Shelley, com o seu novo Frankenstein.
Voltando ao PMDB. a cadeia alimentar desta mantilha é complexa e perigosa. Semelhantes a Caliban, personagem criado por William Shakespeare da peça "A Tempestade", os peemedebistas rascunham nas entranhas obscuras do poder, uma maneira para continuarem no seu canabalismo predatório, sem serem incomodados, fazendo vista grossa para os movimentos do filho de Lula.
Como se fosse um asceta de Vladimir Putin, presidente da Rússia, que mira suas forças psicologizantes nos processos "delirantes" da espionagem, para ter absoluto controle do fluxo de informações domésticas, forenses, econômicas e políticas, o descendente direto de Lula parece seguir a mesma cartilha do novo czar pós-modernista.
Ele quer ter as senhas que movem a engrenagem dessa nova fase da cultura globalizada, hibrida, e certamente tingida pelas cores construídas pelo filósofo e marxista Antonio Negri, que diz acreditar numa grande transformação vinda através dos negócios digitais e biotecnológicos. Pelo que se nota, a turma do sindicato não é boba. Ele apenas se camufla.
E que entre outras tratativas, o garoto Fábio Luís Lula está mais vivo do que aparece nas imagens mediáticas. Segundo o jornalista, o herdeiro do ex-presidente, do jeito que as coisas caminham, será dono de um espaço considerável de determinados mecanismos econômicos. 
Serão outros tempos. Novas demandas e novos enredos.

Pós-pandemia: um futuro de humanos/máquinas

  Francis Bacon.  Figura com carne O  início desta década de 20 está marcado pela complexidade da dissensão ontológica. Isto é bom ou ruim?...