quinta-feira, 25 de maio de 2017

O que a JBS faz e a mídia não publica



                                            https://www.youtube.com/watch?v=dSjE8xw_-Dg

Com a entrada de Michel Temer no poder o Brasil se torna um dos países mais deficientes na questão ambiental; esta estupida insensatez, sem uma percepção inteligente sobre o futuro, desmorona alguns "avanços" ambientais.
As instituições estão completamente ultrapassadas e não percebem, ou não querem saber, o que realmente precisa ser feito. O que importa é a manutenção de um falso e irrelevante status quo.
Os economistas, os políticos, a mídia e os marqueteiros, são definitivamente limitados para planejarem sistemas eficazes de preservação, e na construção de uma pedagogia transformadora.
Grande parte dos documentários e matérias jornalísticas publicadas sobre ecologia é tendenciosa, e não se aprofunda nas verdadeiras questões ecológicas; uma delas, por exemplo, é a devastação dos rios e oceanos, causada pelo excesso de nitrogênio na água vinda da agropecuária.
A operação carne fraca, deflagrada recentemente, é insatisfeitissimamente menor com a que ocorre através da produção animal e seus impactos negativos nos ecossistemas. Resultado: estamos na vias de uma grande extinção de espécies, o que compromete a nossa vida no planeta, até mesmo dos macrobióticos que não comem carne.
Enquanto a maioria dos brasileiros está perplexa com a corrupção que envolve JBS e as delações dos seus proprietários, colocando todo o sistema político em "colapso", ninguém questiona como funciona a produção agropecuária no país e as suas consequências.
Obviamente esse silêncio durará muito tempo. E os poderes constituídos fazem vista grossa. Em breve, como caminham as coisas, essa crise será maior e perturbadora, mesmo com eleições diretas ou indiretas. Os vícios são os mesmos.
O Congresso Nacional continuará refém desse capital (que gera bilhões) por muito tempo. A mídia, convencional ou "alternativa", é cega e não tem vontade alguma de publicar algo que coloque em risco esse mercado. O medo é enorme. Ainda vivemos em mundo extremamente feudal, num país repleto de falsos ambientalistas.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Hipocrisia petista e tucana



PT e PSDB são criações de uma engenhosa concepção gramsciana, aplicada fielmente por Fernando Henrique Cardoso, um dos maiores especialistas do autor italiano, na manutenção do poder através de dois partidos. As demais siglas são coadjuvantes, de um projeto que vai além do raciocínio comum.
Doutor em ciências sociais, o ex-presidente tucano, "mentor" da ascensão de Lula no establishment elitista acadêmico (década de 70), mais uma vez entra em cena, juntamente com o ex-presidente petista, para influir no processo "sucessório', diga-se eleição direta. Pura piada.
Mesmo que uns abestalhados, hipócritas e cretinos pesquisadores brasileiros chapa branca, cujos títulos não honram um merecido prêmio Nobel, digam que o conceito de hegemonia cultural criado por Antonio Gramsci (1891-1937) não visa o poder pela força e sim por uma ampla articulação social, o que se vê não é um processo democrático de fato, e sim a manipulação dos meios (mídia, mercado) para a permanência de um grupo completamente fora do tempo, que mantém um paternalismo estatal, conveniente apenas a um grupo restrito de sonegadores de impostos e por jagunços marqueteiros.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Picaretagem intelectual

A picaretagem da USP e seus adestrados intelectuais acadêmicos não conseguiu criar, até hoje, mentes livres e críticas na área da filosofia.
Pelo contrário, só programou "excentricidades" elitistas, sem qualquer relação com um pensamento filosófico sério. Tanto é que não existe gerações, com mentalidades poderosas, capazes de pensar por si mesmas. Todos são doutrinados a servir. Mas servir a quem?
E a "professora" Marilena Chaui, por exemplo, a estrela dessas relações estreitas e provincianas, alimentou por muitos anos uma imagem de grande "guru". Seus artigos, suas falas e suas aparições em público, são desconectadas da realidade, pois ela prefere exatamente a via de um lado só, e presta um desserviço na produção intelectual do pais. Esses são os nossos inteligentinhos acadêmicos.

E ela ainda se intitula especialista da obra de Baruch de Espinoza (1632-1677). Um filósofo que tinha dúvidas sobre tudo, até mesmo da própria sombra.

Falso mito

O processo sócio construtivista aplicado no Brasil, a partir da década de 60, criou um analfabetismo político e funcional completamente alienante (principalmente dentro das redações e no mundo acadêmico).
Estabelecido como única via de desenvolvimento, várias gerações perderam tempo e não chegaram a lugar nenhum. Tanto é que vivemos, novamente, numa perplexa realidade que, sejamos sinceros, coloca em risco a vida nacional: segurança alimentar, pesquisas científicas, qualidade na educação fundamental e empregos.
Fartos conceitos gramscianos foram assimilados como certos. O tempo passou e surgiram falsos líderes, sem qualquer raciocínio lógico, ou conhecimento, sobre o funcionamento do mundo. O que vemos no presente é exatamente o resultado dessa ignorância de ideias.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Selfs e imposturas políticas





O Homo Sapiens, derivado da expressão “Homem Sábio”, perde sua importância como uma das espécies mais criativas da natureza, provando sua genética inversa na escala da evolução, e se lança nas distorções da irracionalidade e da barganha. O trambique, o roubo, a ganância, o ódio, a inveja, a destruição ambiental e a perda das funções simbólicas, são doenças que inibem os valores estéticos dos movimentos humanistas.

Mas como chegamos a isso? Uma pergunta complexa que necessita de uma resposta simples. A ausência de cognição dos poderes constituídos com os interesses da sociedade é extremamente catastrófica. Nota-se uma profunda letargia dos representantes do povo e da mídia convencional, para melhorar as dinâmicas do sistema que pulse a favor de um mundo mais vigorante e, sobretudo, antenado com as produções científicas voltadas ao bem estar social. De quem é a culpa?

O cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993) dizia que a política se tornou uma invenção constante da realidade, de mutações canhestras e deformadas, que continuará a dar suas bofetadas e a insultar o povo que, cego e frágil, ainda beijaria os pés de falsos mitos. E isso não acontece no Brasil? Mais que um declínio moral e ético, assistimos a completa destruição do interacionismo simbólico positivo que, forçado a dar lugar para a velhacaria da barbárie das imagens negativas, anula as possibilidades de ação do estado de direito.

No atual cenário, o interacionismo simbólico foi eliminado e em seu lugar se configura aberrações criadas por um macho demoníaco, que se conecta com as perversões de fascistas e de nazistas; historicamente, e isso não podemos perder de vista, a mecânica do horror não terminou com a morte de Adolf Hitler (1889-1945) e de Benito Mussolini (1883-1945). Há outros selfs em cena. Necessitamos com urgência de ter um raciocínio epistemológico mais biológico, e menos mecânico.

Mas onde estão as instituições para questionar as entranhas do poder? Não estou falando em prisões, asilos, escolas, hospitais e escritórios do governo, mas me refiro à linguagem e as práticas culturais, que tem seus representantes nas camadas populares. Exemplos práticos é que não faltam. Um deles foi o reverendo Martin Luther King (1929-1969). Em um momento tenso da história dos negros americanos, ele sabia fazer bom uso dos símbolos ao criar inflexões, que contextualizavam com estruturas micro sociais avançadas, que marcaram uma época.

Quando o filósofo pragmatista G.H. Mead (1883-1931) influenciou o desenvolvimento do interacionismo simbólico, através da Universidade de Chicago, no início do século XX, procurava abordar processos de linguagem que confluiriam a favor dos que estavam à margem da Lei. Do campo da teoria a sua aplicabilidade empírica, os resultados foram excepcionais na área do direito da mulher e das crianças excluídas do jogo “capitalista”.


As imposturas políticas vistas nos últimos anos no Brasil, dada à dimensão de sua catástrofe, tiraram de cena projetos relevantes que poderiam ser uma sinergia, uma simbiose na progressão social, e nos campos do conhecimento científico e cultural. Na sombra de antigos “líderes”, que surgem no balcão de estranhas negociatas partidárias para 2018, os marqueteiros continuam a bolar planos mirabolantes, sem que haja qualquer vínculo com as demandas reais e compromissadas com algo relevante; criam, engenhosamente, apenas vozes sem significados, sem mentes dispostas a fazer as verdadeiras mudanças. É um mundo de selfs sem conteúdo de causa. Tudo não passa de ilusões de imagens. Na sua maioria desfocada dos enredos do século XXI.     

Pós-pandemia: um futuro de humanos/máquinas

  Francis Bacon.  Figura com carne O  início desta década de 20 está marcado pela complexidade da dissensão ontológica. Isto é bom ou ruim?...