domingo, 22 de abril de 2012

O ser e suas demandas na evolução humana


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No livro a Era dos Extremos, Eric Hobsbawn apontou como o século XX aniquilou pessoas em nome de uma “razão” grotesca, conhecida como política do “desenvolvimento” econômico. Tudo em nome do “progresso”. No século 21, os modelos de violência são os mesmos. De um lado temos alguns países investindo em novas logísticas e táticas de “defesa”, comprando armas cada vez mais sofisticas para eliminar seus inimigos.
Na cabeça desses republicanos e democratas, o pragmatismo é: dane-se que esses inimigos sejam crianças, mulheres grávidas, adolescentes e jovens mulçumanos. O que está em jogo é a imposição de uma “democracia” (mentirosa) para trazer a paz ao mundo. Do um outro lado, temos o Brasil (e dezenas de países subdesenvolvidos) onde o principal problema continua sendo a falta de acesso a informação. Cada um se vira como pode. Se tudo é “bom”, no lado sul, para que me preocupar com o que acontece no nordeste ou norte. “Eles estão lá, que se virem…”
O mesmo raciocínio acontece no sudeste. “Para que me preocupar se as milicias estão destruindo valores humanos importantes no Rio de Janeiro, se isso não acontece aqui em Minas Gerais?”, dizem alguns. Essa ausência de ética, por parte do nosso modelo contemporâneo, é que afeta a existência. Como é possível uma juíza ser ameaça de morte pelo próprio sistema, ao qual ela pertence?
É o caso da juíza Fabíola Michele Muniz Mendes de Moura, em Pernambuco. Todos sabemos o caso da juíza de Niterói, Patrícia Acioli, que foi assassinada (a mando de pessoas ligadas a polícia militar) fazendo grande parte dos cidadãos a temer quanto ao funcionamento da segurança pública (mesmo com toda a publicidade apresentada de “mudança” com a criação da Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs).
Esse é um tema complexo, extremamente delicado, que por hora temos a única conclusão porque ele acontece: falta de educação, investimentos em saneamento básico e acesso a cultura, são alguns dos motivos por haver tantos comportamentos hostis.
Segundo o mapa da violência, de 2010, do Instituto Sangari, a taxa de homicídios no estado do Rio de Janeiro é de 26,2 por grupo de 100 mil habitantes, e a de jovens de 15 a 24 anos é de 52,5 homicídios. Quando o segmento é jovem + negro, o índice salta para perto de 80 homicídios. A Organização das Nações Unidas considera aceitável apenas taxas de menos de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes.
No Japão, a taxa de homicídios é de menos de 1 morto para cada 100 mil habitantes. Em clima de início de eleições, quando se começa a observar o que se poderá fazer no futuro, seria interessante se todos começassem a pensar com mais clareza, o que queremos construir (de fato) para as próximas gerações? Ou ela terá características idênticas ao da ficção do Admirável Mundo Novo, escrita por Aldous Huxley (que divide os “civilizados” condicionados dos “selvagens” em busca de caminhos mais lúdicos). É um romance de idéias, onde as questões relacionadas ao funcionamento do totalitarismo de ideologias de esquerda e de direita, apresenta uma dúvida: qual é o melhor caminho para convivermos bem na humanidade? Alguém tem uma resposta?





Pós-pandemia: um futuro de humanos/máquinas

  Francis Bacon.  Figura com carne O  início desta década de 20 está marcado pela complexidade da dissensão ontológica. Isto é bom ou ruim?...