Estamos nos aproximando de 2015. A
sensação que eu tenho é que o mundo não passará por grandes transformações. Tudo
estará focado, mais uma vez, em agendas conservadoras e excludentes. Não é
novidade para ninguém que vivemos enclausurados em novas fórmulas autoritárias
de domínio. Recuamos a invés de avançarmos.
No Brasil, por exemplo, o governo
paga caro para adquirir o know-how bélico e estratégico de Israel. O país investe
em pesquisa militar e na compra de modelos de segurança, mas não resolve o
problema de saneamento básico e do meio ambiente. A perversidade econômica, com
suas práticas liberais, estrangula qualquer mudança com viés humanista.
Sabe-se que os países, detentores
do poder geopolítico, não fazem mais guerras convencionais. Isso não dá mais
voto! O que está em jogo é a eficiência para eliminar os inimigos
silenciosamente, ou seja, por vias tecnológicas e por estruturas prisionais
sofisticadas construídas em áreas distantes do olhar da sociedade.
O maior problema de tudo isso é
que todos mentem. A conivência existe em todos os planos da sociedade. Alastra-se
como vírus, eliminando valores e identidades culturais. Apesar dos arranjos
performáticos pensados pela mídia, para ganhar bônus em visibilidade, tudo está
pulverizado em enredos virtuais. O real perde sua dinâmica em um mundo rarefeito.
Todos os discursos são baseados
em linhas milimetricamente articulados para enganar o cidadão comum. Na esfera
das decisões o que se vê na prática é uma engenharia montada para servir canibais
mercantilistas, especuladores de uma ordem econômica destrutiva, com aval de
países que comungam com os interesses dos Estados Unidos.
Uma engenharia colaborativa feita
para governos ditos oficiais e paralelos. Assim assistimos, paralisados em
nossas dimensões fechadas, a destruição do planeta. E os cientistas? Bem, esses
continuam a comer na mão dos piratas do capital. A maioria das pesquisas é
feitas, única e exclusivamente, a favor de um sistema de comando. Já o sistema
dos seres vivos... Não parece ser uma prioridade racional.
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