É
impressionante ver como as pessoas se deixam levar por falsos conceitos
ideológicos e, perversamente nas suas incoerências, nutrem uma fantasia por mitos
duvidosos que estrangulam a essência de uma racionalidade compromissada com o
bem estar social, ou por uma investigação intelectual mais apurada.
Nos
últimos anos assistimos no Brasil à multiplicação de vozes acadêmicas que,
entre outras bizarrices comportamentais, se rotulam de “esquerda”, e não abrem
espaços, por exemplo, para aqueles que preferem o liberalismo clássico europeu.
Que por sinal é uma minoria. Que o digam os leitores de Noberto Bobbio
(1909-2004), um cânone da literatura jurídica, que dava ênfase a um estudo mais
detalhado sobre filosofia política, para não cairmos nas armadilhas dos
excessos construídos pelas ideologias.
O
que acontece? Esse pequeno grupo, que tem o pé no liberalismo clássico europeu,
é freqüentemente banido dos processos científicos, sem direito a verba de pesquisa.
Por que simplesmente não comungam com as idéias daqueles que se intitulam donos
de verdades “marxistas”.
A ironia dessa história é que muitos desses “especialistas”, do pensador prussiano, não compreendem com profundidade o que Karl Marx (1818-1883) escreveu de fato. São atores medíocres que não focam pela excelência científica e sim pelos seus belos salários. Afinal, eles prezam por um status quo intacto.
A
filósofa e economista marxista Rosa Luxemburgo (1871-1919), que também conhecia
com profundidade as obras dos liberais Adam Smith (1723-1790), John Locke
(1632-1704) e J.S Mill (1806-1873), tinha alertado sobre as falsas concepções
dogmáticas de verdades doutrinárias. Segundo
ela, isso anularia a igualdade argumentativa e a construção de uma civilização
com maturidade intelectual suficiente, para sanar os problemas humanos. Em uma
de suas máximas, Luxemburgo previa uma série de ritos estranhos ao dizer: “A
liberdade apenas para os partidários do governo, apenas para os membros do
partido, por muitos que sejam, não é liberdade. A liberdade é sempre a
liberdade para os que pensam diferente”.
Ao
longo dos anos vimos uma impositiva “evolução” estatal petista, por parte do
magistério universitário, obrigando seus alunos a repetirem uma cartilha
autoritária de “valores” que, nos seus enredos psíquicos, ajudam a produzir uma
nação de zumbis. A sua maioria, já conectada por uma rede controlada pelo
grande irmão (big brother), como profetizou o escritor e jornalista George
Orwell (1903-1950), mergulha em um mundo sem singularidades. Crêem que a vida
tem apenas um lado.
Tanto
é que a filósofa Marilena Chauí, por exemplo, uma engajada petista, com sua
metralhadora verborrágica, insiste na tese que seremos engolidos por uma
direita reacionária, incapaz de vislumbrar uma transformação profunda. Seus
exageros, manias e tiques nervosos contra a classe média, que ela diz odiar, se
transformou numa cacofonia conspiratória ao afirmar que o juiz Sérgio Moro foi
treinado pelo Federal Bureau of Investigation (FBI) para desarticular o governo
petista.
Como
doutrinadora de verdades, e por seus estímulos aguçados por uma elite petista
militante, Chauí é um modelo que prospecta falsos conceitos. E os seus
discípulos zumbis adoram essa mentira. Mas será que a professora, no seu salto
alto mental, se esquece que ela é cúmplice de uma engenhosa façanha estatal,
que aniquilou completamente a lógica de uma gestão compromissada com o bem
estar social?
A
precariedade humana estabelecida pelo seu partido, o PT, desconfigurou
completamente o sentido da ética política, ao por em prática um forjado
mecanismo de “proteção” social de dependência paternalista e, principalmente, de
ter esquematizado um plano econômico totalmente ilusório, alimentado por falsos
conceitos apresentados por uma gente que insiste possuir o poder da verdade.
Não passam de sombras que vislumbram realidades fragmentadas.
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