Existe algum segredo
guardado a sete chaves por traz da existência? Creio que não!!! Não há
sobrenatural, fantasmas, espíritos, deuses, anjos, inferno, céu ou outras
idiossincrasias criadas pelo homem que esclareça a funcionalidade real da
existência. Tudo não passa de estruturas imaginárias que se alimentam de
carências afetivas, de fragilidades mentais e de distorções conceituais.
O que temos é um
cenário que, na sua vasta extensão cósmica, segue frenético e inatingível nos
seus múltiplos efeitos estéticos, sem prestar muita atenção no precário mundo
humano e nas suas insuficiências de linguagem como diria Wittgenstein. Não somos
capazes de influir em qualquer mudança. Estamos presos e acorrentados em um
sistema sensorial danificado e corruptível. Tanto no emocional quanto nas
relações coletivas o que presenciamos são alucinações conflitantes, aberrações surgidas
da incapacidade de construirmos uma civilização autêntica.
O formato que temos é
medíocre. O modelo científico e educacional é uma farsa. Os países considerados
como potências econômicas impõem com rigor militar o funcionamento do planeta.
As questões de soberania nacional não existem. O que temos são representações
de comandos bélicos dominantes voltados para interesses nada poéticos. O
romantismo de uma esquerda surgida entres os séculos 19 e 20 fracassaram.
No momento vivenciamos
o surgimento de uma delicada operação dos donos do império que definem como
muita precisão o controle dos recursos naturais. São empresas transnacionais
que atuam longe dos holofotes da mídia e usam as estruturas governamentais e
não governamentais para esboçarem os seus arranjos. Perverso? Claro que sim!
Enquanto isto flui em
ritmo galopante pelos quatro quantos do planeta, assistimos indefesos grandes
corporações adquirindo o controle da água no Brasil. Constituição? Poder
Judiciário? Congresso Nacional? Mídia convencional? Servem para quê? Para
nada!! É uma ficção acharmos que estamos amparados pela lei e por vozes do
além. Falta-nos o equilíbrio de compreendermos qual é a importância do conhecimento
estético em nossas vidas. Digamos... Um pensamento mais profundo ensinado por
Maurice Merleau-Ponty, sobre o sentido da observação. Bem, aí é uma outra
história.
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